quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Don Antonio Maragno Lacerda [1938 - 2006]

Biografia
DON ANTONIO MARAGNO LACERDA
Descende de italianos e espanhóis.Desde infância trabalhou no jornal do avô
.Quando na maioridade, deixou estudos de antropologia para dedicar-se as letras. Tem vários livros publicados.
' O CÍRCULO VICIOSO', alcançou sucesso até em Portugal. 
Em 1964, casou-se e partiu para o RGSUL, para lutar contra a Ditadura, ao lado do Dr. Leonel Brizola. Fez, panfletagem, rádio e jornalismo.Tem o JORNAL DOS MUNICÍPIOS, de 42 anos [ impresso e na 
Web] www.jornaldosmunicipios.go.to
jornaldosmunicipios@ig.com.br

Atualmente dedicava-se a poesia libertária, em favor dos índios e excluídos em todo o mundo.
Recebeu galardão da UNESCO, pelo seu trabalho.

INSTANTE SÓLO I

Para qué oficio aburrido,
la memoria retiene algunos poemas,
simplesmente la impresión tenue
indeleble del recuerdo.

Instantes que hemos vivido,
la perennidad de unos pocos instantes,
donde tendemos que buscar él porqué
del resplandor instantáneo.

Esensia de estos instantes,
es como crepúsculo de ciudad,
asfalto y esquinas hostiles,
muros inhospitos,.
Es como la morada natural,
del Estado de Espirítu,
atardeceres que no tienem mañana.
El poema tiene la claridad transitoria,
que luce, y moriá, como todos nosotros.

* Este original CATALÃO é escrito pelo autor.

TROIKA.

Fizemos uma excursão numa troika,
entre Moscou e as montanhas.
Tudo era branco de neve..
Contiuamos num caminho dentro do pinhal,
De repente saímos no claro,
entre rochas tamanhas.
E vimos o vale que se jogava no mar Cáspio.
Me senti acima de qualquer ponderação,
O cocheiro, um cossaco, perguntou se achávamos lindo.
Não olhei muito o mar. Sempre preferi as florestas.
O bosque é o meu lugar.
Para que mar? E Anuska nos meus braços.
Ponderei a Anuska que eramos somente três,
naquela imensidão,de estepes em espaço.
As aldeias pareciam folhas de plátanos,
E as Igrejas, se sobressaiam.
E Anuska me passou um pedaço de papel.
-Só um poema!
E nele havia o desenho de tudo aquilo.
-Depois faço a estrofes.
Ela era assim.Fazia desenhos que chamava poemas.
E nunca fazia estrofes.
-Porque não escreves Anuska?
-Porque tenho medo de roubar com palavras,
os momentos que são belos.
Tínhamos um amor santo, divino,eterno
Silencio. O chop chop dos cavalos na neve,
o tocar dos sininhos na alvura do inverno.

ENSINAREI O PERDÃO.

A paciência e a experiência,
rimam nas coisas humanas.
Experimentaremos a santa virtude da Bondade.
que nos oferece infinitas doçuras,
um parentesco com a tolerância.

As fraquezas e iniqüidades,
inspiram a Bondade.
No incessante fabricar de homens,
nascem corcundas, anões, idiotas,
tanto no corpo como n’alma.
Temos de praticar a Bondade,
que inclui o Amor e o perdão.
Perdoarmos os de mãos mirradas,
de almas mirradas, os cegos,
os leprosos mal agradecidos.
Jesus, só por nos ter ensinado a perdoar,
com Esperança ,mereceria só por isto,
o nome de um Deus.
Mas Ele nos ensina mais: diz que tudo que fez,
poderemos fazer, e muito mais.
Deveremos esquecer as magoas,
e até andar nas águas.

Depois de tudo isto,
somos forçados a confessar.
Que uma abóbora continua a ser abóbora.
e um jumento nunca deixou de ser jumento.
Então contentamo-nos em arredondar alguma aresta.
Eis o que nos resta.
Não conseguimos andar sobre a água,
mas amainamos algumas magoas.
E chegamos a conclusão que abóbora, e o jumento,
também tem uma missão neste mundo.
E nos tornamos mais Bondosos.

Não mais nos revoltamos contra os defeitos,
que nos ferem o lado mais sensível d’alma.
Não mais queremos destruir o culpado e a mancha que nos fende.
Haveremos de por compaixão praticar a Bondade.
Bondade não é renúncia de nossas convicções.
nem trôpega fé no Grande Espírito.
Nem é grito.
Quer dizer Bondade e juízo ao mesmo tempo.
Quem perdoa esta sempre mais alto,
do quem é perdoado.
Ao passo que quem despreza e insulta,
tem de descer ao nível do culpado.

Bondade significa uma infinita indulgência,
por todas as fraquezas humanas.
Tolerar e esperançar.
Isto é maior que a faculdade finita,
do pecado.
Sem magoa.
É como andar sobre a água.

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